Dizem que mineiro não perde o trem.
E de fato é verdade, mas ansioso
O mineiro errou o lado.
A alegria foi o encontro.
Lado certo.
Passos rápidos para outro trem.

A esquerda é livre.
E teu sorriso libertador.
Sua voz acalanta.
Forte e suave feito o trem.
Seu olhar brilhava feito luzes quase extraterrestres ou lâmpadas de natal fora de época.
Verdes, azuis, amarelas, vermelhas.
De todas as cores.
Assim como o beijo suave que me fez flutuar.
Onde? Nas cores daquele lugar.
Gotas de chuva caíram sob sua pele macia.
Que arrepio!
Uma piscada. Um sorriso.
Ah! Que coisa boa!
Uma plantinha nova, uma rosa, você.
Com a garoa provei sua boca.
Seu toque gostoso.
Aquele abraco apertado ali no “cantim”.
E o ouvia dizer: “mineirim, bonito demais da conta!”
E o melhor de tudo. Era real.
Um Up sentimental.
Um afeto sem igual.
Quero sua suavidade.
Seu sorriso leve e
Sua gargalhada.
Sua “garoisse” (Licença a Guimarães Rosa).
E pena que teve fim.
Ainda sinto seu cheiro, como aquela flor
Do jardim, eternizada em você por ser assim.
E sei que como trem volta, breve estaremos “juntim”.
Por Marquione Ban