Solitude e solidão

Muitos dizem que devemos viver nossa solitude. Sentimento diferente de solidão. Que basicamente consiste em estar só e viver o momento e ser feliz. Solidão já sabemos o que é.

Será isso saudável? Não sei sinceramente. Tem dias que me sinto só. Solidão que chama. Não consigo viver solitude na sua plenitude. Apesar que, não ter as confusões de alguns lugares e pessoas ao seu redor me deixa em paz.

Eu me confundo nesses conceitos loucos contemporâneos. Moro só. E fico só boa parte do tempo. Descobri que minha família vive bem sem mim. E foi bom saber. Tudo porque eu tenho um senso de responsabilidade para com eles enorme. E me priorizar foi o caminho. Meu bem estar.

Entretanto, há momentos em que não consigo sentir solitude e sim solidão. Não por estar longe da minha família ou amigos. Creio que por não ter alguém que dívida tudo. Falava com um amigo que eu desisti de procurar. De fato, eu o fiz. Não procuro.

E aquele ditado que diz que “quem procura acha”? Como ficarei eu se não procuro? Não sei. Mas sei, que dias como hoje, quando começo a me sentir só, solidão, procuro fazer algo. Ocupar o tempo.

Outros tempos iria beber. Me afundar nos apps de paquera e pegar qualquer um. Ou só mandar mensagem para aquela pessoa tóxica, mas que transa bem. Ou ao menos eu penso que transa.

Estar só também me fez refletir. Nos últimos 8 meses eu mudei. Cresci, reposicionei minha mente e opiniões. Entendi que mesmo o ditado contendo verdades populares nem sempre seu resultado é bom.

Não quero achar gente tóxica. Não quero ninguém que queira montar o cavalo de São Jorge enquanto eu ando a pé. Não quero sentir só com alguém do lado.

Quero algo certo. Cumplicidade. Sobre isso. Talvez a palavra que eu dei ao meu amigo de que eu desisti esteja errada. Certo seria eu me reposicionei.

Quando a solidão e solitude eu ainda não sei. Aprender preciso, como diria mestre Yoda. E como é na saga de Star Wars quanto mais contemplativo um mestre fica, mas sábio ele se torna.